domingo, 21 de dezembro de 2008

De Volta

Acabou-se para mim a quadra de Natal em Portugal ainda antes do dia 25 de Dezembro. Acabo de regressar a Cork, depois de dez dias bem passados. Estou cansado, como seria de prever, e encontro ambiente propício para mais cansado ficar: céu nublado, tempo chuvoso, temperatura a convidar para o meio dos lençóis.

Muito há a contar, mas não hoje. Fica para depois de passar umas horitas seguidas na cama, já que o sono não foi muito nas últimas noites. Para já, a assinalar a enorme quantidade de produtos nacionais que trouxe, não vá começar já a maltratar-me com o costume da Irlanda...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Estudo

Aqui fica um inquérito que achei muito interessante, tendo-o encontrado no blog Mind This Gap, ao qual já respondi, e cujo objecto de estudo me parece definitivamente uma excelente ideia.

Para portugueses que habitem em Portugal, aqui fica o link:

http://www.surveygizmo.com/s/77090/inqpt

Para portugueses que trabalhem no estrangeiro o link é este:

http://www.surveygizmo.com/s/77861/inqxpt

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Já a Matar Saudades

De volta a Portugal para matar saudades. Para amanhã, agenda preenchida quanto baste: encontro com o pessoal do Alcateia Teatro, talvez umas jogatanas com o SpielPortugal e... compras. Para já, o cansaço toma conta de mim, como seria de esperar, embora ainda esteja com vontade de ir tomar um cafezinho ao bar da União Recreativa e Desportiva Juncalense...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Férias (quase) de Natal

Não vão durar até ao Natal, mas estas férias cairão que nem ginjas. Bem que estava a precisar de umas. Estou a ultimar os preparativos para para partir para Dublin ainda esta noite. Pouca coisa para lá, de maneira a regressar carregado com o maior número de tralha possível para cá.

Pernoitar em Dublin é uma seca monumental. Mal posso esperar pelos voos Cork - Lisboa da Aer Lingus a partir de Março do próximo ano. Até lá, tenho de me contentar com o suplício de viajar para Dublin para apanhar voo para Lisboa.

É possível que o Também Tu fique mais calado do que o costume até ao dia 21 de Dezembro (já não tenho internet em Portugal). Tentarei dar novas sempre que puder, no entanto.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Porca Miséria, Porco Irlandês!


Na Irlanda há muitas ovelhas, cabras e vacas. Claro, também há os porcos que, por não se verem tão facilmente a passear pelos campos verdes da Ilha Esmeralda, não captam tanto a atenção. Até ao dia de hoje, claro, em que foram notícia, não pelas melhores razões. Depois de explodirem as últimas notícias acerca das dioxinas tóxicas descobertas em carne de porco irlandesa, tenho a dizer o seguinte:

1 - gosto muito de carne de porco, e só não como mais porque sei que tenho de comer outros tipos de carne.
2 - a carne de porco irlandesa, em termos de sabor, é melhor do que a que encontramos em Portugal - país que abandonou os apoios aos suinicultores portugueses para deixar que se importe carne de qualidade medíocre, principalmente espanhola.
3 - não alterarei os meus hábitos alimentares por causa de uma notícia destas; seria o mesmo que deixar de comer peixe sabendo até que ponto as águas marítimas estão contaminadas.
4 - a notícia está a ter repercussão na Irlanda - isto é mau para muita gente, como esta notícia o comprova.
5 - os temores não têm grande razão de ser; Portugal não tem muito com que se preocupar, parece-me, em questão de apanhar a "doença da dioxina louca"; tem mais com que se preocupar porque poderia, neste momento, aproveitar o cenário de crise para poder vender mais carne. Mas quase já não há gado suíno em Portugal.
6 - Mais uma facada sofrida por este país, que me parece estar a padecer do Síndrome de Falta de Bertie Ahern.

Mais notícias:
Público
Irish Examiner

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Ena Pá!

Ena pá! Falta só uma semana para estar em Portugal! Ena pá! Tenho de fazer a lista das compras! Nem sei por onde começar. E quanto à lista de afazeres, também há muito em que pensar. Visitar este, visitar o outro, ir a sítio X, passar por local Y.

Sinto que dez dias vão ser muito pouco!

Mais uma

E hoje foi a despedida da Gwen. O pessoal do training está a abandonar a empresa. Que pena. Bom, ao menos estar com a Gwen e com todos os french deixou-me com ideias. Ideias é coisa que nunca me falta. Mas agora ando com duas ideias, e uma delas é capaz de servir para pôr em prática amanhã.

Vamos lá ver se os french me deram ideia de que me arrependa ou não.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

É Preciso Acreditar

Lamento que o Fado e Canção de Coimbra seja considerado elitista pela generalidade do povo. Não posso negar que seja, muito embora o seja (também) pela vontade popular. Afinal de contas, o Fado do Estudante (lisboeta de gema) foi bem mais fácil de propagar do que qualquer "Fado de Estudantes". E falar de letras de Ary dos Santos, por exemplo, não é coisa de saloiada popular. Elitismo ou não. Gosto acima de tudo daquela melodia de Coimbra; aquele fado da juventude que lá foi parar um dia. Foi por ter estudado lá, bem sei. Mas lamento que toda a gente olhe para a canção daqueles que não são nós porque nós não somos daqueles. Seja. Só espero que Coimbra se mantenha a mesma a meus olhos na altura em que, 9 meses depois, a visito, desde que saí de Portugal em Março último.

Pelo grande Luis Goes:

É preciso acreditar,
É preciso acreditar
que o sorriso de quem passa
é um bem para se guardar
que é luar ou sol de graça
que nos vem alumiar

É preciso acreditar,
É preciso acreditar
que a canção de quem trabalha
é um bem para se guardar
E não há nada que valha
a vontade de cantar
a qualquer hora cantar

É preciso acreditar,
É preciso acreditar
que uma vela ao longe solta
é um bem para se guardar
que se um barco parte ou volta
passará no alto mar
E é livre o alto mar

É preciso acreditar,
É preciso acreditar
Que esta chuva que nos molha
é um bem para se guardar
que há sempre terra que colha
um ribeiro a despertar
para um pão por despertar.

Poema de Leonel Neves, musicado e cantado por Luiz Goes

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Jantares de Natal

Abertura das Hostilidades na Bierhouse
Está a começar a época dos jantares de Natal. Na Irlanda, não varia. Ontem, foi jantar de homens portugueses no Luigi Malones, terminando com ida dos 20 machos aos sítios do costume. Salvo a parte em que tivemos de nos separar, de contrário nunca deixariam entrar tanta maralha do Clube da Mangueira no mesmo sítio...

Tudo com fome
A comida não foi má, muito pelo contrário. Apenas o vinho deixou a desejar. Foi possivelmente o pior vinho em que já meti a boca desde que cheguei à Irlanda. E deixou-me meio agoniado para o resto da noite. O jantar foi divertido que chegue, embora haja sempre motivo de queixa por isto e por aquilo. Neste caso, eu não gosto de música em restaurantes. Principalmente se a música nos obriga a falar mais alto para nos podermos fazer ouvir.

Abastecidos e prontos para sair
E foi interessante observar que, apenas quando já queriam fechar o estabelecimento, o ambiente ficou mais jovial e bem disposto. E não me digam que era só do vinho, porque não era. Jantares destes são giros. Socializar foi possível, mas o ambiente do restaurante podia ter ajudado mais. Seja como for, é de repetir, desde que não seja todas as semanas (50€, chissa!).

domingo, 30 de novembro de 2008

Os Piores da União Europeia

Teixeira dos Santos
Segundo o Financial Times, o ministro das finanças português, Teixeira dos Santos, é o pior da União Europeia em matéria de desempenho. Logo em penúltimo, vem o ministro irlandês Brian Lenihan, formando os dois um rico par.

A crise financeira instalou-se verdadeiramente em todo o mundo e adivinham-se piores dias. Tão pouco acredito que estes ministros sejam os únicos culpados no fraco desempenho das suas economias nacionais.

Brian Lenihan
Por mais relativo que seja este ranking, devo concluir que as coisas pela Irlanda também já não são como foram um dia. Isso, por si só, não é razão para desistir de cá andar. Mas que as coisas estão a ficar feias, isso estão...

Fonte (Jornal de Negócios Online)

sábado, 29 de novembro de 2008

Portugal vs Irlanda - A Noite

Crane Lane, Cork
Em Portugal as discotecas e bares fecham mais tarde. Na Irlanda, a partir das duas manhã, tudo o que é local de diversão nocturno fecha. Não há excepções. E esses locais de diversão são os únicos que podem vender álcool a partir das 22 horas. Depois das duas da manhã, portanto, a única saída possível são as house parties.

Nenhum supermercado, mesmo que feche à meia-noite, venderá uma garrafa de vinho ou uma cerveja depois da hora estipulada, e as prateleiras são autenticamente barricadas para que as pessoas não as tomem de assalto. Entre as oito e as dez da noite, às sextas-feiras e sábados, nota-se um aglomerado de clientes particularmente volumoso em supermercados como o Centra ou o Spar à procura do último álcool barato.

Os pubs, apesar de interessantes, não têm a variedade existente em Portugal. As pessoas, mais ainda do que em Portugal, bebem com o objectivo de apanhar o maior pifo possível. Discotecas são mais raras e pouco interessantes, comparadas às portuguesas (não sou grande apreciador de discotecas, mas aqui fica a opinião). Fazem falta bares em que nos possamos ouvir uns aos outros sem gritar. Apesar disso também ser raro em Portugal, aqui ainda o é mais.

O consumo mínimo pratica-se em Portugal. Aqui, pratica-se algo parecido em alguns (poucos) sítios. Paga-se um custo de entrada, e depois pode consumir-se à vontade sem ter de carregar um cartão de consumo, sem se arriscar a perdê-lo e a pagar uma multa ridícula. Os preços, esses, estão extremamente normalizados. Não há grande discrepância entre o preço de uma pint em dois sítios completamente diferentes. O normal é que ronde os 5€.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O Corte de Cabelo na Florida

Mary Harney
Mary Harney, a Ministra da Saúde da República da Irlanda é figura central do último escândalo político irlandês. Não é que a mulher decidiu fazer um corte de cabelo e manicure no valor de mais de $400, numa viagem à Florida já de si polémica quanto baste? Escusado será dizer que todo o dinheiro usado para pagar esta e outras despesas caríssimas era dos contribuintes irlandeses.

Depois dos anos de boom, ponho-me a pensar se este tipo de mentalidade esbanjadora acontece sempre com países pouco habituados a serem ricos. Afinal de contas, é a primeira vez que me deparo com uma notícia na Irlanda que me faz lembrar as vergonhas que se lêem diariamente vindas de Portugal.

Irish Examiner
Irish Independent

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A Encomenda

A Encomenda de Jogos de Tabuleiro
Hoje não fui ao ginásio de propósito. Fiquei por casa à espera de uma encomenda que não atendera no dia de ontem. Chegou pelas dez e meia da manhã. "Aleluia!", pensara, "estava a ver que nunca mais". Fizera a encomenda já há mais de um mês e, depois de muitas trocas e baldrocas, lá acabou por chegar.

São três jogos de tabuleiro que há muito desejava ter: Antike, Age of Empires III the Boardgame e Puerto Rico. Se este último é um clássico que me pareceu digno de ter na colecção, os outros dois foram escolhidos, principalmente, pela temática. A Antiguidade e a Era dos Descobrimentos sempre me fascinaram particularmente, de maneira que comprei estes dois jogos.

Pormenor do Antike durante a Simulação
O bichinho pelos jogos de tabuleiro é relativamente novo em mim. Foi-me primeiramente impelido pela vontade de criar jogos e, mais tarde, numas andanças da internet, dado a conhecer melhor pela comunidade abreojogo.com. Definitivamente, foi estimulado pelo grupo SpielPortugal, que fazia uns jogos em Leiria aos fins-de-semana, e ao qual me juntei nalgumas ocasiões. Desde então que tenho andado interessado pelos jogos de tabuleiro e, finalmente, compro os primeiros da minha colecção.

Fantástico Tabuleiro do Antike
Outra boa notícia é a de que, pelo menos para uma noite, já tenho parceiros de jogo. Espero contiagiá-los também com este bichinho. Para já, familiarizei-me com as regras do Antike, que me pareceu jogo para me viciar durante uns bons tempos. Esqueça-se lá o Monopólio e o Risco. Isto é que é um jogo! Já fiz umas simulações e não me pareceu demasiado complicado. Só espero mesmo é conseguir dar-lhe (muito) uso! Que não falte gente com quem jogar!

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Contagem Decrescente

E é daqui a pouco mais de duas semanas que vou até Portugal matar saudades. Por cá, já se fala também do Natal (o qual não vou ter oportunidade de passar no meu país, infelizmente). É de aproveitar que estejamos, não só eu como outros portugueses, na nossa terra por uns dias para termos oportunidade de comprar maravilhas portuguesas para a noite de Consoada.

A saber: bacalhau, chouriço, queijo (falou-se de Flamengo, queijo da Serra e queijo do Rabaçal), grão de bico, azeitonas, azeite, broa de milho, feijão-frade (ai as migas), Beirão, Vinho Verde, Porto, ena pá! E um caldo verde agora cairia que nem ginjas!

Decerto que será bom rever tudo isto, cuja falta nem sempre sinto, mas quando me lembro, bolas, encho-me de água na boca...

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Há Muito Tempo

... que não boto um copo. Hoje vou deitar umas pints abaixo. Que se lixe o fim de semana calmo. Há dias em que tem de ser. E hoje é um daqueles dias em que ficar no quarto a vegetar não está com nada. Há um estranho efeito, talvez seja o do Inverno que se aproxima, que me está a deixar com um espírito verdadeiramente extrovertido.

Para quem conhece a minha caricatura da plaquete do Carro do Cortejo da Queima das Fitas, já no longínquo ano de 1998, aqui fica a famosa citação: "Vou lavar os dentes duas vezes..."

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Portugal vs Irlanda - Água

As Quatro Estações na Irlanda
Na Irlanda, chove durante todo o ano; não há problemas de escassez de água, e falar da sua falta de qualidade não é tão frequente como em Portugal, se bem que haja notícias nos jornais a esse respeito, de vez em quando.

Em Portugal, tem havido secas nos últimos anos. Confronta-se com o problema da escassez de água e medem-se as albufeiras na esperança de ter água suficiente cada Verão que se aproxima. Ao contrário da Irlanda, a água paga-se.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Filosofia de um Irlandês

Filosofia Popular na Irlanda
A toda a gente devem ser familiares aqueles azulejos castiços que se encontram enfeitando casas ou estabelecimentos comerciais um pouco por todo o Portugal. Entre outros dizeres, posso citar o "Nesta casa mora um bom chefe de família" (ao lado, o emblema do Sport Lisboa e Benfica), ou ainda os dois burros perguntando um ao outro "Quando é que nós três nos encontramos outra vez?". Vemos ainda quadras populares, às vezes de fraca qualidade - sinal de que os poetas populares portugueses estão a perder o jeito natural para a coisa.

Não quero aqui discutir o gosto de quem ostenta tais azulejos nas suas propriedades. Mas confesso que me dá prazer vê-los em adegas ou nos cafés dos pequenos povoados portugueses espalhados de norte a sul do país.

Na Irlanda a variedade não é muita. Mas aqui fica um pedaço de "filosofia saloia" do país das fadas. Conheci-o muito cedo, praticamente no primeiro dia em que cheguei, altura em que me fizeram devorar as primeiras pints. Aqui fica o pequeno texto - o modo de pensar dos irlandeses fará lembrar alguém?

An Irishman's Philosophy

There are only two things to worry about.
Either you are well or you are sick.
If you are well, then there is nothing to worry about.

But if you are sick, there are only two things to worry about.
Either you will get well or you will die.
If you get well, there is nothing to worry about.

If you die, there are only two things to worry about.
Either you will go to heaven or hell.
If you go to heaven there is nothing to worry about.

But if you go to hell, you'll be so damn busy shaking hands with friends you wouldn't have time to worry!

domingo, 16 de novembro de 2008

Tiambién Too - V

Alguém me perguntou quantos pontos tinha. E eu, agraciado por um vendaval de chamadas seguidas, provocadas por um código vermelho em espanhol, e que me ia levando a uma fadiga cada vez maior, respondo-lhe:

- Señor Ordoñez, usted tiene 100 000 puentos en su cuenta.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Sem Tabaco

Português Suave acabou na Irlanda
Hoje é um bom dia para anunciar ao leitor fiel deste blog que deixei de fumar há cerca de um mês. A partir do momento em que acabei com o Português Vermelho que trouxera de Portugal, não lhe toquei mais. O tabaco está caro, faz mal, e nunca me sentira bem por ter recomeçado a fumar, há perto de dois anos. Só espero agora que não fique deprimido o suficiente para cair em tentação mais uma vez.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Acupunctura

Foi giro, mesmo assim, meteu um pouco de impressão, principalmente na barriga. Estou a considerar repetir a experiência. Mas ainda não tenho a certeza se ficarei um cliente regular dos senhores...

sábado, 8 de novembro de 2008

Agulhas

Acupunctura
É desta. Vou experimentar um tratamento de acupunctura. Quero saber até que ponto é que vale a pena ter tratamentos regulares deste tipo de medicina alternativa. Não sei se as coisas pontiagudas me vão fazer confusão, mas o meu amigo Gonzalo disse-me que não é nada do outro mundo e um tratamento por mês faz-nos sentir muito melhor.

Assim sendo, e de maneira a zelar pelo meu bem-estar no Inverno (certamente rigoroso) que se aproxima, liguei o número que o Gonzalo me havia fornecido. Atende-me sotaque chinês feminino, nem sempre fácil de entender. A clínica situa-se mesmo no centro de Cork e não deverá ser difícil dar com ela. Decidi-me por marcar um tratamento na próxima segunda-feira. Eespero com isto evitar o aparecimento de complicações de saúde e tratar de outras coisas incómodas, como braços ou pernas dormentes durante o meu sono ou a irregularidade do meu apetite.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Tiambién Too - IV

Uma chamada telefónica. Verifico a origem da chamada. IL? Que raio, que país é IL?

Naquela fracção de segundo, até que me tivesse decidido por atender em língua inglesa, pensei em Itália (impossível, seria IT), Irão ou Iraque (com L, nunca) até que reparei na cidade - Tel Aviv - porreiro, pá, Israel, estava difícil, mas foi.

Ainda não tinha acabado a minha frase de apresentação e já o senhor do outro lado da linha começara a despejar sílabas completamente sem sentido. "Bolas" pensei "esta vai ser difícil". O homem continua a falar a sua língua, e eu "Sorry, sir, but I don't speak" um momento para pensar, e depois a seguinte maravilha "I don't speak Israeli".

É que se fosse em hebreu eu até lá ia, né?

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

AlimentaPão

Pão na Irlanda é bom, mas comparado ao Português...
Toda a gente repara que sou pouco gordo. Aliás, nada gordo. A modos que menos constituído que o comum dos mortais. Para falar a verdade, sou magro. Magro o bastante para ser considerado trinca-espinhas. Aconselharam-me não sei que dia, à conta da minha fraca constituição, que comesse pão e batatas fritas. Eu como muito pão na Irlanda, é uma verdade. Mas este pão aqui, pá...

Não há pão como aquele que temos na terrinha. Eu, na vila do Juncal, estava bem mal habituado, com duas excelentes padarias onde fabricavam daquele pão... ena pá, só de me lembrar agora, até fico tonto.

Aqui há daqueles pães bons feitos para agradar aos pardais, com as sementinhas todas e tudo mais. Interessantes, sem dúvida. Mas não há como o pão da minha terra! E o de muitas outras, aquele que sai quentinho, que se come sem nada com o maior prazer do mundo.

Realmente, se há razão para estar magro, não será a da falta de pão. Mas que o real pão me está a fazer falta, isso está! Ó-i-ó-ai se está!

domingo, 2 de novembro de 2008

O Instrumento Partido

Saudades de Tocar Bandolim
Já tenho saudades de tocar bandolim. E devo ter-lhe perdido o jeito. Tenho de pensar em comprar um por cá. Não me pareceram nada caros, e ouvi dizer que são de qualidade interessante. Ter com quem tocar, no entanto, é problema. Conheço uns tocadores de guitarra, mas as minhas bandolinadas não são palhetada para eles. Mesmo assim, havia de tocar alguma coisa, sozinho ou não, antes que as minhas mãos fiquem ferrugentas.

Não fosse aquele dia em que a maluqueira me tivesse feito partir um bandolim em palco, hoje não me estaria a queixar disto. Mas enfim. Todos cometemos loucuras. E naquele dia soube bem partir a porcaria do bandolim que não dava o som que eu desejava. Ah, que parvoíce. Enfim... bolas para isto.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Halloween

Halloween na Irlanda
Aqui o Halloween parece ser algo a que as pessoas ligam muito. Nunca achei piada a esse dia, visto que não me está culturalmente ligado (acho até muito mal que se ande a festejar dias de Halloween nas escolas portuguesas, é uma absoluta perda de tempo e de identidade). Contudo, a Irlanda reserva-me uma realidade diferente acerca deste dia. As pessoas festejam mesmo o Halloween, incrustado nas profundas tradições do povo.

Convidaram-me para um festa este fim-de-semana. Disseram-me que levasse disfarce. Contrapus que não tinha nada disso. Disseram-me que fosse de preto. Contraponho que, de preto, só tenho umas calças e uma camisola que, dado o frio que tem feito, não será de todo opção para ter vestida seja em que sítio for.

Verdade seja dita. Por muito que aqui se festejem Halloweens, não sou pessoa que os aprecie. Já nem o Carnaval me dá pica. Por isso, o raio da ida à festa está em standby. O problema é que eu devia mesmo ir lá. Rai's parta lá mais às prioridades.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Voz de Rádio


Não sei que se passou hoje. Devia estar com voz de rádio. Uma jornalista mexicana felicita-me pela minha excelente voz no fim de uma chamada. Logo depois, uma norte-americana lembra-se de fazer a seguinte pergunta: Where are you from, with such a beautiful accent? Ao que lhe respondo, e ela: I fell in love once with a portuguese guy named Abel, para concluir logo de seguida and here I am falling in love with your voice.

Ele há com cada uma! Será que deva inscrever-me para locutor de rádio ou apresentador do Oceano Pacífico? E ainda, acerca de mulheres norte-americanas, não me vou esquecer da outra, cuja pergunta me deixou verdadeiramente estupefacto: Wow! Are you from New Zealand?

O pessoal aqui das Irlandas diz-me que tenho propensão para accent britânico. Pois bem. Isto anda bonito. Um dia levo um balão de hélio para o escritório e faço uma experiência mais radical para ver o que dizem.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Tiambién Too - III

Atender telefonemas em espanhol tem o seu quê de giro. Meia volta, e cá está o português pronto a mandar uma portunholada das grandes. Umas das maiores, ultimamente, foi a do Zé:

- Holá, buenas tiardes.

Ora toma lá em bom espanhuel que é p'ra aprenderes.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Em Tempo de Crise...

Remar contra o sistema, pá. Há que ignorar esta catadupa de pessoal armado em mantis kakôn anunciando a crise, e consumir. Consumir à força toda.

Hoje já foram 300€ ao ar em menos de meia hora. E podiam ter sido mais, se as calças não me fossem demasiado grandes e o casaco não tivesse defraudado as minhas expectativas quando o experimentei.

E depois, temos sempre a fobia às bichas (em bom português, que é para isso que as palavras servem), adquirida desde os tempos da Expo 98, para nos livrar de pagarmos mais uns 60 ou 70€ por um gorro e uma camisa. Largue-se e vá-se embora, que se faz tarde.

domingo, 26 de outubro de 2008

Bank Holiday

Amanhã é dia de não se fazer nada. De forma a evitar "pontes" e coisas do género, na Irlanda um feriado é automaticamente transferido para a segunda-feira respectiva, independentemente de calhar a um dia de fim-de-semana ou não. Chama-se a isso de Bank Holiday, como o de amanhã. Quase todos rejubilam com estes três dias seguidos de lazer. Quase. Porque eu, infelizmente, não tenho direito a gozar esse dia feriado. São as contingências do negócio. Resta-me entre escolher ser duplamente pago ou ter direito a um dia extra de férias.

Ou seja, pelo que me toca, perco este prazer efémero de ter três dias seguidos a desbundar sem nada fazer, mas, por outro lado, tenho o bónus de poder ter, se me apetecer, praticamente duas semanas de férias por ano. Ou então ganhar uns € valentes a mais, que dão sempre jeito. Mesmo sem bank holiday, dá para ficar satisfeito.

Enquanto Dura o Jazz

Não sei que dizer acerca dos festivais. Do Jazz de Cork, fui dar uma volta esta noite, com poucas expectativas. Eu próprio as atestei no meu post anterior. A primeira desilusão foi quando, no Chambers, nos deparámos com heavy metal. Francamente. Eu sempre ouvi ouvi música pesada. Mas digamos que não queria sair à noite e ouvir heavy metal num festival de jazz. Por essa, acabámos por deslocar-nos até ao Crane Lane. Um carreiro de formigas fantástico, quando o concerto já acabara. Bom, foi-se até ao Galagher's. Bom som, Rythm & Blues até fechar. Tirei umas fotos que gostava de postar para a noite do jazz, mas acabou por ser pouco satisfatório.

Em conclusão, achei a noite do festival de jazz fraca. Principalmente quando o jazz foi nulo. E depois, recebi um telefonema da tertúlia In Vino Veritas, em plena Latada de Coimbra. Todos eles mandando o seu abraço, ao qual retribuí, saudoso. Caramba, o que eu daria por ter estado lá esta noite.

sábado, 25 de outubro de 2008

Semana do Jazz

Cork Jazz Festival
O Guinness Jazz Festival 2008 instalou-se em Cork. Os bares estão apinhados de público sedento de festa. Falaram-me em doideira total nestes dias. Pela olhadela que dei nos folhetos informativos, também me pareceu que o cartaz não é nada mau. Decididamente, para amantes de jazz, vale a pena vir a esta festa.

Claro, há também a parte de que gostei menos. Nalguns bares, paga-se. Não é só a questão de se pagar, é a questão de quanto se paga. Os meus bolsos sempre foram um bocado relutantes em largar dinheiro a mais em concertos. Nesse aspecto, sou agarrado, ai isso sou.

Foi assim que, na noite passada, acabei por sair do trabalho, deambulando atento ao ambiente da McCurtain Street. As luzes do Gresham Metropole eram bonitas, sem dúvida, o Shelbourne tinha uma aparência diferente; as pessoas pareciam diferentes. Vários músicos tocam nas ruas, pintando-as das mais variadas formas jazzísticas. Isso não foi convidativo o suficiente para espreitar pelo menos um dos bares.

Pode ser que hoje o faça. Mas se fosse mesmo agora, a vontade era nula... não é que não goste de jazz. Muito pelo contrário. Mas acho que ando a ficar cada vez mais caseiro.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Este Fim de Semana

Estava a pensar em cozinhar algo português. Um prato de peixe, desde que não seja bacalhau. Algo especial. Mas não faço ideia do que poderia ser. Sugestões aguardam-se e, já agora, receitas...

O Fim do Uivo

Aparentemente, o Alcateia Teatro não aguentou o peso do meu abandono, e afundou-se no seu projecto. Tenho muita pena que tal acontecesse. Os meus pedidos, aquando da minha despedida, foram feitos no sentido de evitar algo previsível, que seria a dissolução do grupo. Mas as causas apanharam-me mais ou menos de surpresa. Supunha-se que fosse por outra coisa qualquer, tudo, menos devido à própria direcção da Associação de Artistas e Artesãos Oureenses.

Sei que a vida não está fácil para ninguém, e que o dinheiro não abunda. Mas deixar que estes fantásticos miúdos abandonem o barco nunca é positivo. Desejo sorte para as lides teatrais de todos os que para elas despertaram na Alcateia, e que tenham, no mínimo, mais afazeres dramáticos do que eu, que por cá me encontro sem nada de jeito.

Eu, na eventualidade de um regresso a Portugal, não deixarei de contactá-los. Sei bem o que valem.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A Recessão na Irlanda

Recessão na Irlanda e Recessão em Portugal
Aproveito o comentário (em boa hora) do Sonhos Milka a um post meu sobre o aperto de cinto na Irlanda para apontar algo que desconhecia ter acontecido.

Então não é que o Ministro da Economia terá balbuciado que os portugueses estão bem, comparados aos irlandeses em risco de viverem um recessão nunca vista? O Ministro, desculpem-me a coloquialidade do termo, passa-se! O homem não está a ver que aqui, por mais recessão que haja, nunca se chegará ao estado miserável que vi quando deixei Portugal. E ainda nem se falava em crise como se fala hoje.

Quando alguém me perguntou, há uns dias, com um ligeiro ar de preocupação "então, pá, como estás, ouvi dizer que aí a Irlanda está a ficar muito mal?..." eu estranhei - "bom, pensei eu, com certeza confundiu Irlanda com Islândia, só pode ser isso". Afinal, houve má-língua a tentar salvar o seu próprio traseiro.

Desengane-se quem pense que aqui se vive miseravelmente e que se conta os trocos para poder pagar as despesas. É verdade que a situação é alarmante, que os medos têm razão de existir, que pode, eventualmente, haver uma recessão. Mas também é verdade que Portugal corre o mesmo risco. A diferença é só uma: enquanto uns encobrem a verdade, outros encaram-na e trabalham de forma a que a crise possa ser minimizada.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ainda o Apertar do Cinto

Hehehe... esta é típica de jovem irlandês (e não só de jovem). Eis uma reacção à política de contenção geral de despesas do estado irlandês, ao mesmo tempo que tenta obter receitas extra de outros produtos como álcool, tabaco e gasolina.

Não sei se terá sido ao folhear o Irish Examiner ou o Irish Independent. Um rapaz de alguns 17 ou 18 anos expressava a opinião dele acerca destas medidas ao jornal (farei uma tradução mais ou menos livre que resume o essencial, sem, no entanto, exagerar no que ele disse:

"Não estou assim muito informado, apenas li as manchetes dos jornais ontem. Acho que a mim prejudica-me particularmente nas despesas escolares. Mas o pior é mesmo o preço do vinho. Não consigo conformar-me com tal aumento."


Digam lá que não é giro ouvir reacções como esta. De uma coisa estou certo. Ao menos são honestos no que dizem e não se armam em falsos moralistas. Basta ler comentários de notícias em edições online portuguesas para vermos muitos desses na ocidental praia lusitana.

O Apertar do Cinto

Verifiquei hoje nos jornais irlandeses que afinal não é apenas o tabaco a aumentar. As medidas contra a crise são muitas. A que mais me chamou a atenção foi a redução de 10% nos salários dos políticos. Pergunto-me se esta medida será algum dia aceite em Portugal...

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O Tabaco

Não sei até que ponto é verdade, mas ouvi dizer que o tabaco aqui na Irlanda vai aumentar para 10€ (!!!). Vai ter de ser desta que vou desistir!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Tiambién Too - II

Quando, em espanhol, se quer dizer:

"Isto é muito esquisito."

na realidade deve dizer-se, entre outras hipóteses

"Esto es muy extraño."

mas nunca

"Esto es muy esquisito."

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Língua Portuguesa

Aqui vai um belo soneto de Olavo Bilac, poeta brasileiro, acerca da nossa língua em vias de ser assassinada:

Última flor do Lácio, inculta e bela,
És, a um tempo, esplendor e sepultura:
Ouro nativo, que na ganga impura
A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura,
Tuba de alto clangor, lira singela,
Que tens o trom e o silvo da procela,
E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma
De virgens selvas e de oceano largo!
Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!",
E em que Camões chorou, no exílio amargo,
O gênio sem ventura e o amor sem brilho!

Irónico, sem dúvida, o facto da nacionalidade do autor ser brasileira. Acordo linguístico? Não digo que não. Mas nunca de ânimo leve. De irresponsabilidades políticas estamos nós fartos, vá-se lá agora saber porque metem o bedelho numa língua de cunho cultural demasiado forte para ser "facilizada" desta forma.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Tiambién Too - I

Como tenho mandado umas gaffes bastante divertidas (isto de tentar falar inglês ou espanhol fluidamente tem o seu quê de complicado), aqui vai uma nova secção, a Tiambién Too!

"Se o senhor pretende..."

deve dizer-se, por exemplo, e entre outras expressões possíveis

"If you want to..."

mas nunca

"If you pretend..."

domingo, 5 de outubro de 2008

Dia da República


Foi com alguma curiosidade que espreitei hoje os jornais portugueses online para ver o que se dizia do Dia da Instauração da República. Parece que o nosso Presidente, Aníbal Cavaco Silva, finalmente se dignou a franzir as sobrancelhas à abordagem que os políticos portugueses fazem face à situação económica preocupante que se vive desde há muito tempo em Portugal.

Foi preciso que se instaurasse a crise nas entidades bancárias e nas bolsas internacionais para se chegar à conclusão de que, afinal, estamos mesmo em crise. Pudera. A malta que estava por baixo já a sentira há muito. E é fascinante ver quão habilidoso é o nosso Primeiro-Ministro e seus vassalos ao mentirem com quantos dentes têm e ao contornarem verdades que jamais deveriam ser contornadas.

Sócrates é, nunca deixou de o ser, um aldrabão. O mais brilhante exemplo do político-tipo português. Vive na preocupação de nos deixar despreocupados quanto à situação do país. Tem cá para mim que, de alguma forma, ostenta já comportamentos de mentiroso compulsivo. Aparentemente, finge que as declarações do Presidente da República não tiveram nada que ver consigo ou com os membros do governo. Oh sim, os portugueses têm de se esforçar, sua Excelência o PR esteve muito bem a discursar, pois pois pois...

Como republicano convicto, tenho a lamentar que a III República Portuguesa ande mergulhada nesta tristeza. Erga-se alguém capaz de, humildemente, afrontar o problema. Vamos lá ver é quem. E quando.

Marco Miliário I

Passaram seis meses desde que me mudei para a República da Irlanda. Seis meses em que a minha qualidade de vida melhorou substancialmente, por muitas saudades que tenha do meu país. Muito embora se fale aqui em crise, em caos, em recessão, os irlandeses não fazem ideia do que é viver sem condições. Portugal é muito bonito, mas viver lá é outra história.

Isto diz tudo sobre as minhas intenções de regressar. Para já, apenas as férias tornam as terras lusitanas apetecíveis. Além de que a experiência está a ser positiva. O tempo à experiência na Irlanda já passou. Ponhamos outro marco miliário de mais meio ano. E depois se verá...

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Eis a Razão para a Bolsa Andar Marada...


Os portugueses andam a dominar a Wall Street! Notem a única bandeira que não é dos States...

Fonte: (RTE News)

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Mount & Blade


Bendita a hora em que decidi dar uns 5 ou 6€ pela versão beta deste jogo. Mount & Blade está na sua versão final, e está fantástico. Para quem gosta de RPG's com batalhas fantásticas, principalmente a cavalo, este jogo está brilhante. Os gráficos não são soberbos, mas aceitam-se. E a coisa é viciante.


Para quem gosta do género, recomendo vivamente. Cidades, aldeias, castelos, centenas e centenas de tropas e exércitos vagueando pelo enorme mapa de Calradia. Treinos, jogos, torneios de um desafio considerável. Ah! E o aspecto das cidades, quase claustrofóbico nas pequenas ruas medievais, vertiginoso do cimo das muralhas dos castelos. NPC's de integridade dúbia, dilemas morais, tarefas com prazo para serem concluídas. Enfim, tenho muito que jogar no tempo livre que vou tendo.


quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Ainda os Hobbies


Pois bem, depois de investigar um pouco sobre ter um home studio em casa, chego à conclusão que, para isso, será necessário mudar de casa. Não há espaço suficiente para poder ter tanta coisa dentro de um quarto. Isto pode significar ter de adiar o investimento em material, já que não sei até que ponto consigo encontrar uma casa decente aqui no centro de Cork...

Sendo assim, talvez não seja má ideia começar a pensar numa tentativa de atrair pessoas a jogarem jogos de tabuleiro. Estive a pensar em comprar alguns jogos. O Settlers of Catan, o Antike e o Goa seriam os jogos que pensaria em comprar. O risco é o de ter pouco parceiros com vontade de se sentar à mesa a jogar. Ou que achem muito complicado. Argh.



Um Hobby, Rápido!

Casa-trabalho, trabalho-casa, casa-trabalho. Às vezes é assim. Os fins-de-semana salpicam-se com cerveja e pubs. Mas falta algo. Em Portugal, tinha o teatro, a música, os meus hobbies. Aqui, é difícil tê-los... pelo menos, da mesma forma que tinha antes de Abril.

Daí que esteja a considerar agarrar-me a uns projectos para não dar maluco e vencer o cinzentismo da rotina. Um projecto solitário seria o musical. Estou a pensar seriamente em montar um home studio. Isto será investimento para umas boas centenas de €uros; com isso, também seria bom mudar para uma casa mais espaçosa e onde pudesse gozar de mais privacidade. Teria de comprar praticamente tudo: guitarra eléctrica, amplificador, baixo, microfone (pelo menos um Shure SM57), percussão... mais a placa externa de som (a que ando a namorar fica quase a 500€).

Os instrumentos musicais aqui são relativamente baratos, além de se conseguir comprar boas coisas em segunda mão. Uma boa guitarra elétrica de qualidade média-alta pode-se conseguir a menos de 200€ em segunda mão. Mas a percussão, essa, com uma bateria jeitosa que ocupe pouco espaço, ui! Pode ficar assim a modos que... cara!

Fazendo as contas por baixo, a brincadeira não me vai ficar a menos de 2000€. E isso ainda é alguma coisa. Optar por outro hobby mais barato também não está fora de questão. Mas não sei se há hobbies baratos.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Naked Camera

Naked Camera é um programa televisivo, uma espécie de apanhados da televisão irlandesa. A grande diferença é que os quatro tipos que fazem estes apanhados têm uma panca fenomenal. Um bocado à maneira do Vai Tudo Abaixo, emitido pela SIC Radical (pelo menos antigamente).

Divirta-se o leitor com um ou dois vídeos, que vale bem a pena:






domingo, 21 de setembro de 2008

Cartão Europeu de Saúde


Finalmente ando a recuperar dos padecimentos recentes que me atormentaram durante praticamente toda a semana. E sem reacções alérgicas de qualquer tipo, o que é óptima notícia. Ainda assim, isto é razão para me tentar afastar de ar condicionado e de demasiada chuva o mais possível. Não por causa do custo de uma consulta no médico, mas por causa dos estúpidos medicamentos.

Falando em médicos e medicamentos, não se esqueça o leitor português que, caso queira ficar algum tempo no estrangeiro, existe um cartão que pode ajudar, e de que maneira, em casos de doença em toda a União Europeia, Suiça e países da EFTA. O Cartão Europeu de Saúde é um must, se deseja viajar para qualquer destes países. Basta contactar a Segurança Social e pedi-lo. Demora algum tempo a chegar (diria até bastante tempo, talvez meses), mas existe um papelinho que pode substituir o cartão, julgo eu.

Uma consulta que me ficaria a 50€ ou coisa parecida, ficou-me a zero. Nada mal, hein?

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

As Dores do Alérgico

Depois de um fim de semana bastante radical, esta semana está para esquecer. Tenho sentido dores enormes (soube hoje que devido a um dente maroto). Como se já não bastasse não conseguir dormir por causa delas, ainda tenho o problema de não poder tomar nada eficiente, devido à minha alergia a ácido acetilsalicílico (o equivalente a aspirina e derivados).

Uma dose de paracetamol deixou-me de rastos hoje - supostamente este é o único medicamento que posso tomar sem temer reacções alérgicas. O caso é que acordei de olhos inchados mais uma vez. E como as dores não me andam a deixar dormir, hoje volto a ter de tomar dois comprimidos antes de ir à deita. Espero que amanhã os olhos não estejam no mesmo estado em que os encontrei hoje.

Tomara que, primeiro, o dentista me consulte já amanhã (e que ninguém se queixe dos preços em Portugal, aqui é mais caro) e, segundo, que as dores sejam suportáveis até que a suposta infecção passe. Rai's parta o azar.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

sábado, 13 de setembro de 2008

Ike Carago!


Os furacões têm dado que falar ultimamente. Posta de parte qualquer reflexão sobre as alterações climáticas, sempre se pode afirmar que a zona das Caraíbas e do Golfo do México têm sofrido de sobra. O furacão estará a chegar (ou chegou já) ao estado do Texas, onde deixará o seu rasto por várias cidades, entre as quais Houston. Hoje vejo um dos meus colegas de trabalho fumando um cigarro, apreensivo com algo.

Confrontado com isso, dado que era bem notório que tivera uma chamada telefónica particularmente difícil, o rapaz desabafou Coño, estou farto de receber telefonemas por causa do Ike hoje, o pessoal quer todo dar de frosques antes do furacão chegar, mas aquele cromo queria à força reservar um quarto num hotel em Houston porque nunca tinha visto um furacão a sério e queria saber como era! Há malucos para tudo, mas este fez-me a vida negra antes de se querer enfiar para dentro de uma tempestade tropical!

Caso para dizer: Ike carago, pá!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Cá Estamos de Novo


Chegados à República da Irlanda depois de uma semana muito rápida. O Turno J da colónia correu sem problemas de maior, ainda que tenha tido contrariedades de vulto, entre as quais a ausência de vários jovens e monitores. Obrigado a todos quanto ajudaram. Lá estarei para o ano mais uma vez na Casa Amarela, se Deus quiser.

sábado, 30 de agosto de 2008

De Malas Aviadas

Cá estamos nós de partida. Acabei de verificar a meteorologia em Portugal, o tempo não vai estar mau, e isso deixa-me contente. Mais boas notícias chegaram, visto que a Sandrina, graças ao esforço hercúleo do Hélder, a quem estou mais do que agradecido, é a nossa nova monitora do TJ.

O Também Tu ficará, possivelmente, parado até ao dia 6 ou 7...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Falta de Gente

O planeamento do TJ corre de vento em popa. Dificilmente se pode dizer o mesmo quanto ao número de monitores, que teima em ser escasso.

Quem estiver interessado em participar uma semana na Colónia da Cáritas de Leiria, que mo diga. Far-nos-ia um favor de todo o tamanho, para além de ter uma estadia inesquecível, com certeza.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Brevemente em Portugal

Já não falta uma semana sequer para estar com os pés em terras lusitanas. O objectivo é estar no Turno Jovem da Colónia da Cáritas de Leiria com um grupo de mais dez monitores e quarenta jovens sedentos de uma semana inesquecível.

Os preparativos estão a ser feitos. No dia 31 de Agosto deveremos começar a fabricar a Dimensão XYZ3, que se espera bem interessante e multifacetada. Para já, a lamentar o facto de termos, possivelmente, uma baixa. A Andreia adoeceu. Ficámos assim sem uma grande monitora e sem a "Comissária do Material", coisa em que em muito contava com ela. Azar, mas não há-de ser nada.

Ando a tentar fazer a letra de uma música há bastante tempo, mas não está a sair nada de jeito. Quero ver se esta noite é mais produtiva, já que esta manhã foi para o galheiro. Fiquei demasiado tempo debaixo dos lençóis. E gravar a música também seria interessante, mas a minha casa na Irlanda não oferece as melhores condições de privacidade. Ou seja, toda a gente ouve quando cai uma moeda no meu quarto. E são mais cinco. Bom, ao menos a música está feita. Toda na cabeça, como dizia o outro.

Desenvolvimentos interessantes acerca disto decorrerão.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

De Morrer a Rir

O género stand up comedy nunca foi o meu favorito. Não é que não goste de uns bons minutos de "comédia de pé", mas por vezes é aborrecida, por mais paradoxal que isto possa parecer. Contudo, há sketches que são simplesmente hilariantes. Aqui vai um de um irlandês, de nome Tommy Tiernan, polémico quanto baste e com uma dose de irreverência considerável. Laughing at a Funeral é de morrer a rir.


sábado, 23 de agosto de 2008

Acabaram as Visitas


A minha irmã partiu na passada quinta-feira. O Gertre e a Milena foram-se ontem. Foram companhia bastante agradável durante estes dias, se bem que o meu tempo para estar com eles não tenha sido o ideal. Afinal de contas, eu estou aqui é mesmo para trabalhar.

Qualquer uma dos três se pode gabar que conhece a Irlanda melhor do que eu. Inclusivamente a cidade de Cork, na qual me remeto a alguns metros quadrados sem ter explorado turisticamente quase nada.

Daqui a pouco mais de uma semana será a minha vez de viajar. Ah, que já vejo uma nesga de férias!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Domingo em Cork

A visita continuou. Domingo foi dia de música. Fomos ao Counihan's ver música tradicional irlandesa. No Crane Lane, esperava-nos um grupo de Jazz/ Rythm n'Blues. Ambos os concertos foram excepcionais. Cork, apesar de pequena, é uma cidade óptima para ouvir música absolutamente todos os dias.

Aqui fica um bocadinho de Irish Traditional do grupo Arundó, que ouvimos no Counihan's.


terça-feira, 19 de agosto de 2008

Em Dublin


Estive em Dublin no sábado passado com a minha irmã, Gertre, Milena. e o Rolo. Foi giro, mas apanhámos uma senhora chuvada - os pobres coitados apanharam uma carga d'inverno tão grande até agora que, quando chegarem a Portugal, vão reagir como os irlandeses quando chegam ao Algarve. Pelo menos a contar com as previsões meteorológicas que dão conta de mais pluviosidade.


Em Dublin visitámos o Trinity College, andámos pelo Temple Bar, Castle Dublin (onde ouvimos o primeiro trovão) e apanhámos chuvada da grossa em Dvblinia e no longo caminho até à Guinness Store.

No caminho de regresso aguardava-nos uma Cork que ainda não tinha conhecido a chuva nesse dia. Mas o dia seguinte, esse, iria ter chuva de sobra...


Dublin é uma cidade bonita. Contudo, não se deve passear de sapatos novos quando se vai lá. O Gertre e as suas bolhas nos pés que o comprovem. E, apesar das irlandesas andarem de sandálias na rua com bastante frequência, o mesmo não significa que se ande com sapatos que deixem que a humidade invada os pés. É sempre incómodo ter pés de quem esteve dentro de uma banheira durante duas horas.


segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Chegou Aquela Máquina!


Finalmente chegou a máquina fotográfica. Obrigado ao Agostinho e ao Melo pelos conselhos. Para já, tenho razão de queixa, não da máquina, mas do serviço (pixmania.com). Vamos lá ver se isso se resolve. Os senhores decidiram não enviar um dos itens que deviam ter vindo. Ainda assim, não é motivo para entrar em pânico. É possível que daqui a um dia ou dois se comece aqui a ver fotos pelo artista.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O Vício Continua

Ainda não foi desta que larguei o maldito cigarro. Agh!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

No Top



Estar no Top 10 de uma lista juntamente com países como a Islândia, Dinamarca ou Noruega parece algo que não acontece todos os dias. Poderá alguém dizer que esta é a excepção que dita a regra. Talvez. Mas tente lá o leitor adivinhar em que é que Portugal e a Irlanda são tão parecidos, e o que é que os faz ficar no topo de uma lista mundial.

Um dia respondo. Para já, raciocine lá um pouco. Não sei se será difícil ou não. Algum feed?

sábado, 2 de agosto de 2008

Mentalidade de Plástico


Foram desferidas várias acusações ao governo português na altura em que decidiu inventar um imposto ecológico, onde se pagaria um cêntimo ou dois por um saco de plástico. A acusação mais frequente era a de que mais uma extorsão se tratava aos bolsos dos contribuintes. Não o nego. Mas vendo a situação aqui na Irlanda, acho que algo devia ser feito, definitivamente.

Um saco de plástico custa quase 0,50€ aqui. É grande e resistente. Ninguém vai às compras esperando ter meia dúzia de sacos de borla, ou a um preço irrisório, no fim de se abastecer. Queres um saco de plástico, pagas a sério e guarda-lo até se rebentar. Segundo ouvi dizer, o consumo de plástico diminuiu 90% na Irlanda desde que esta medida foi aplicada. E as pessoas tendem a utilizar sacos de tecido, mochilas, ou outro tipo de recipientes que não o plástico.

Por muito que o Sócrates e amigos sejam criticados e criticáveis, acho que essa medida em questão pecou por escassa. O português tem muito que aprender em questões ecológicas. Ó-i-ó-ai se tem!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

GoodBye Adam!


Well, this one goes in english. I met some good friends in Ireland since I came to work in Starwood in May. One of those is Adam, who's leaving to spend some days at his homeland, Györ (Hungary) and then will move to Saint Andrews, Scotland, to study cinema and movies.

Although he warned us in due time that he was leaving, I felt pretty sad about it. Of course, I do feel happy as well because he's leaving. It's a lifetime's opportunity to learn something he really likes - I saw some films from Adam, he has some amazing ideas and he's quite good already directing it.

Last Saturday there was a huge "Adam goes Away" party. I tried to give a good speech, but I couldn't speak at all, not only because of what I drank (well, mostly because of it). Still, everybody knew what the intention was. Yesterday we met once again. Surprisingly, Adam offered me a book from Péter Esterházy, a Hungarian writer. We ended in Crane Lane, where we said goodbye.

Adam, I was honoured to meet you. See you one of these days in Scotland, man! Behave!

terça-feira, 29 de julho de 2008

Por estes dias...

Tenho andado a tentar deixar de fumar. Sinto, no entanto, que não vou aguentar-me muito tempo. Fico irritadiço com alguma facilidade e parece-me que falta a força de vontade que já tive uma vez. Por agora aguento-me, mas... bom, logo se vê.

Ainda por cima começou a chover por cá outra vez. Bolas para isto.

sábado, 26 de julho de 2008

A Urtiga Malvada


Em conversa com um dos meus colegas de trabalho, o Zé, falámos do prazer que tínhamos em escrever histórias. Isso fez lembrar-me de um blog que iniciei, há muito envelhecido e desactualizado, de seu nome Urtiga Malvada. Quantas histórias por lá passaram! Tenho pena que eu desse um fim a tal projecto. Era, no meu ver, interessantíssimo. Consistia apenas em histórias, mais ou menos curtas, que eu escrevia de propósito para o blog. Umas mais, outras menos inspiradas, todas elas inventadas na hora, à medida que eu ia teclando.

Lembro do prazer enorme que tive em escrever os episódios do Hermes; das críticas fantásticas dos leitores. E saber que eu próprio desisti do blog, porque me sentia pressionado a escrever regularmente, porque estava com alguns problemas emocionais, mete-me triste. É que hoje não me sinto com coragem de alimentar o projecto de novo. Parece que já lá vai há muito, e que tentei proibir-me a mim mesmo, naquela altura, de continuar com a desconcertante Urtiga Malvada.

Esta conversa que encetámos, eu e o Zé, hoje à tarde, fez com que tenha visitado o blog esta noite, como quem visita as desoladoras ruínas de uma sítio outrora magnífico. Deparei-me com um blog em remodelação. Uma tentativa de renascimento falhada. Vi que as histórias, apagadas num acto de fúria em certa instância, haviam sido repostas por um Dijas arrependido. Li a história inacabada do Misopiteco e do caçador de macacos. Tentei adivinhar qual era o meu plano para aquela história, mas nada me veio à cabeça. Era decerto algo interessante, mas ficou assim, uma viagem que se ficou pela segunda estalagem, onde o hóspede gostou da cama e por lá ficou.

Dizem que as urtigas são resistentes às contrariedades; que têm raízes profundas, crescendo selvaticamente, uma vez pressentindo que alguém se quer ver livre delas. Esta urtiga é como as outras; é malvada, irrita a pele. Poderá ela mirrar para sempre?

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Dupla Vinda

Bem, e se o Gertre e a Milena cá vêm por uns dias, a minha irmã também está a pensar seriamente no assunto. Haja espaço (porque até há). Vai ser giro, vai vai. Complicado será ter o mesmo tempo que eles para visitar o que querem. Mas vou fazer o esforço.

sábado, 19 de julho de 2008

Ah!

Folgo muito (tanto!) em saber que o meu amigo Gertre e a Milena vêm cá à Irlanda em Agosto! Visitas são sempre agradáveis, para mais tratando-se de quem se trata. Tenho de começar a montar os "preparativos". Folgas, coiso e tal. Tudo para poder aproveitar o máximo de tempo possível a visitar a cidade e a zona com eles. É que, vendo bem as coisas, ainda não tive a oportunidade de ser turista em Cork. Tem de ser desta.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Musicalmente Falando


Cada vez ouço mais música em português, especialmente tradicional. Pena que as escolhas sejam poucas. É uma pena que as pessoas se esqueçam de ouvir a música das nossas raízes, muito embora estejamos a assistir a um (estranho) renascimento do fado.

Realejo, José Afonso, Luiz Goes, Gaiteiros de Lisboa, Amália Rodrigues ou Sérgio Godinho são alguns dos artistas que tenho ouvido com mais frequência. E a musicalidade da nossa língua consegue ser muito poderosa em certas circunstâncias.

Lanço um repto: não se imiscuam de ouvir verdadeira música portuguesa! Lancem as modinhas em inglês aos leões, são tenrinhas, mas de pouca dura.


quarta-feira, 16 de julho de 2008

Focando uma Máquina

Não sei se será demasiado caro para o meu gosto, mas estou a pensar em investir numa máquina fotográfica digital. Embora goste de fotografia, nunca me deu na real gana dedicar-me a essa arte. Não é que ande com ideias disso, apenas acho que a componente pictórica deste blog está demasiado ligada ao http://images.google.com, e não àquilo que eu próprio vou vivendo por aqui. Faltam, por exemplo, várias fotos de Cork. E seria preferível que fossem da minha autoria.

Começarei a dar uma vista de olhos ao que existe por cá, muito embora perceba pouco das coisas - comparação de preço/qualidade, e mesmo análise da qualidade, para a qual a minha falta de conhecimento é gritante. Conselhos acatam-se. Dentro do possível, qualidade em pouco preço.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Época de Age

Tenho andado a jogar Age of Empires 2: The Conquerors com três ou quatro rapazes de Ourém, a maior parte deles pertencente ao Alcateia Teatro. Nunca tinha experimentado online este jogo, embora, há uns bons anos atrás, tenha sido total viciado nele. A minha experiência em Age of Empires 3 é determinante para lhes dar sova quase sempre (perdi apenas uma vez contra os quatro), mas lá vão aprendendo umas estratégias todos os dias, de maneira que um dia darão luta, com certeza.


Isto fez-me lembrar também as jogatanas que tinha de Age of Mythology na Mansão do 18, em Coimbra. Diverti-me imenso com elas, quando lutávamos eu, Lipes, Isidro, Gertre e Marcelo. Mas este Age 2, embora seja um jogo mais velhinho, parece ser mesmo muito bom para se jogar online - sempre tinha ouvido dizer isso, mas nunca o tinha testado.

Em princípio a rapaziada do Age 2 vai de férias para a Nazaré; será uma pausa. Mas quem quiser oferecer-se para uns joguinhos, que me dê uma apitadela. Também não digo que não a Age of Mythology.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Après Match

Aqui na Irlanda não há Gatos Fedorentos nem Herman Josés. Mas existem estes malucos que, depois dos jogos do Euro2008, divertiam a Irlanda com os sketches Après Match. Estes aqui falam do nosso Cristiano Ronaldo, a estrela mais brilhante do Manchester United e estrela da Selecção. Uma paródia aos comentadores da Sky Sports e outra aos comentadores da RTE (que detestam o menino). Curto, simples, com piada.



quinta-feira, 10 de julho de 2008

O Milagre do Tempo

Acabei de ir às compras, aproveitando o dia de folga. O que se passou enquanto eu estava dentro do hipermercado, não sei. Mas sei que quando saí de casa o dia estava solarengo, convidativo para uma passeata nas ruelas do centro de Cork. Terei demorado menos de meia hora a fazer as compras necessárias.

Quando, de saco cheio (não confundir com o brasileirismo), me preparava para sair do Paul Street Shopping Center, chovia: pessoas molhadas na rua, especialmente os jovens brincalhões escorregando com as sapatilhas na calçada, quais heróis de patinagem artística; muita gente de guarda-chuva caminhando apressada para o interior dos edifícios. Os clientes do Tesco à espera que a chuva amainasse. Já tinha visto dias piores, não foi decerto isto que constituiu surpresa para mim, se bem que me deixasse um tanto ou quanto aborrecido.

A real surpresa foi a seguir, quando finalmente parou de chover e me encaminhei em direcção da Dominick Street. À beira-rio, as estradas mostravam sinais de dilúvio. Das escadas que dão para o rio Lee, escorria água em cascata. Poças e mais poças, telhados libertando água por tudo quanto era canto e recanto, poste, calha, telha.

Não vi a carga de água que terá caído, mas deve ter sido enorme. Desde que escrevo este texto (10 minutos, talvez?) já choveu e fez sol alternadamente duas vezes. Realmente, o São Pedro aqui não deve ser o santo mais popular.


quarta-feira, 9 de julho de 2008

Xôr Professor

Nunca ensinei português para estrangeiros, mas desta vez, lá terá de ser. Vou ser professor de Português de uma aluna polaca que irá participar no projecto Erasmus em Portugal no próximo ano lectivo. Já tinha algumas saudades de ensinar. Se bem que esteja um pouco reticente quanto às minhas capacidades de ensinar português para estrangeiros, que é completamente diferente de ensinar Português como língua-mãe, como sempre fiz.

Acresce a isto o facto de a Magda (é este o nome dela) ter um inglês soberbo, o que deixa entrever que tem uma facilidade com línguas impressionante, como a generalidade dos polacos, e ser, também ela, professora. O que me deixa, decididamente, estarrecido, tendo em conta as expectativas que ela possa estar a gerar acerca destas lições. Bom. Não há-de ser nada. Amanhã veremos.

domingo, 6 de julho de 2008

Portugal Longe

Quando fico sozinho tenho a oportunidade de sentir Portugal longe. Estou a ouvir Zeca às sete da manhã, depois de estar na Embaixada (que grande sítio cá em Cork!) Não sei se fale da Embaixada ou do meu pensar. Minha mãe quado eu morrer... aquele tema fatídico, estou a ouvi-lo agora. E mais ouço, cada um melhor que o outro

Apanhe-se o seguinte: ainda não dormi. Porque há coisas que as pessoas em Portugal não aproveitam, pela simples razão de que o milho verde não cresce tão bem na América como nas planícies lusitanas, ou que o bacalhau na Noruega não se aproveita como em Portugal.


Disse-me o Oube Lá que comprou um cravo no dia 25 de Abril, lá na Roménia. Como eu o compreendo hoje.

sábado, 5 de julho de 2008

O Verão Irlandês

Já me tinham avisado acerca deste Verão. Absolutamente nada que ver com o Verão lusitano. Hoje acordei com um trovão dos grandes. Passados alguns segundos, chovia a potes. Não é que faça frio, aliás, a temperatura até é porreira, mas a chuva, oh! A chuva... faz-me ter vontade que Setembro chegue depressa... e ter sorte com o tempo em Portugal em início de Setembro.

Comer tremoços ao sabor da imperial numa esplanada à beira-mar. Usar chapéu para proteger do sol. Tomar banho com água tépida. Sentir o fresco vento e falar em português 24 horas por dia (está claro que o Algarve não faz parte dos meus destinos favoritos, e espero que a Sandra e o Lipes me perdoem a confissão). Queixar-me do calor em conversas de circunstância. Sentir a areia escaldante debaixo dos meus pés descalços. Arrepiar-me com a fria água da costa atlântica portuguesa.

Dois meses, só dois meses...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O Grande Anúncio!

Férias! Finalmente! De 1 a 7 de Setembro, o que equivale a dizer que no dia 30 ou 31 de Agosto já estarei em Portugal!

Ena pá. Estou tão contente. Foi bom o choradinho que fiz nos Recursos Humanos ontem, quando não me quiseram aceitar o pedido, mesmo com o aval do Zé. E quanto lhe devo por isso!

Colónia TJ, aí vou eu!!!

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Renascimento do K&K


O Rui (não eu, outro), monitor do T3 da Colónia da Cáritas no ano passado, monitor também este ano no mesmo turno, tentou entrar em contacto comigo já algum tempo para lhe poder dar alguma informação sobre a colónia, particularmente sobre um jogo que eu próprio desenvolvi.

Assim que vi a sua mensagem (apenas ontem ou antes de ontem), comecei a lembrar-me da trabalheira desgraçada que tive e o tempo que passei para entabuar uma nova versão do Kul & Krot. Claro, quem corre por gosto não cansa, e toda esta trabalheira deixa-me belas recordações e muitas saudades.


O Kul & Krot nasceu em 2005, quando decidi fazer um jogo de tabuleiro para as crianças do T2, que viviam no imaginário de Kalópolis. Tabuleiro, cartas e o dado eram enormes, e o jogo constituiu um sucesso, se bem que as regras fossem bastante simplificadas.

Em 2006 no T2, com o imaginário vivido mais uma vez em Kalópolis, decidi complicar as coisas, de maneira a fazê-las mais interessantes, e o resultado foi um jogo com cento e tal cartas, dois dados para cada jogador e um tabuleiro, já de tamanho um bocado mais convencional. As regras ficaram mais completas, e a chamada hora da sesta foi reabilitada com um torneio de K&K (versão 2) entre todos os grupos de crianças do turno. A minha apreensão era compreensível: apesar de as regras estarem mais completas, podia dar-se o caso de os miúdos não compreenderem o jogo e darem-se mal com ele. Tal não aconteceu. Muito pelo contrário, o K&K era seguido com um interesse monumental.


O ano de 2007 contou com a conclusão da trilogia kalopolitana no T2. Mais uma vez, o Kul & Krot foi o grande torneio da hora da sesta, seguido pelas crianças e monitores com um grande interesse. Quis, no entanto, e como era coordenador também do T3, experimentar o jogo noutro ambiente que não o de Kalópolis. A ilha de Kallahmer foi, portanto, anfitriã do K&K, depois de três eventos iguais em Kalópolis. E, mais uma vez, com grande sucesso. Tanto, que hoje me pedem para recordar o jogo.

Pois bem, depois de tudo isto, julguei que o K&K versão 2 necessitava de mais algumas melhorias, tanto a nível prático (facilidade nalguns cálculos e no esclarecimento de dúvidas pontuais) como a nível da mecânica do jogo em si. Foi então que surgiu o K&K v3, ao qual dediquei, sem exagerar, dias de trabalho. Criei centenas de novas cartas, novos poderes, novas sortes, um novo tabuleiro (que permite agora jogar com 4 jogadores em simultâneo). Está tudo praticamente completo.


Mas o azar bateu à porta. Em mandando eu imprimir as cartas, soube que a qualidade de imagem não era a suficiente, e que as cartas ficariam pixelizadas. O senhor que se predispôs a fazer a impressão perguntou-me se eu queria que ela fosse avante. E eu queria algo de qualidade mínima, logo, meti o projecto em standby. E paciência para pegar nas cartas de novo, essa, não havia. Afinal de contas, são quase 1000, ao todo. E depois deu-se o caso de vir parar aqui à Irlanda.

Tinha-me esquecido do Kul & Krot, a sério que tinha. A noite passada, revi as regras com o Rui, expliquei-lhe o que havia de novo, e prometi-lhe trabalhar na nova versão o mais depressa possível para que pudesse estar pronta na altura do T3. Estou com a pica toda. Parece-me que estes dias vou andar de volta do K&K mais uma vez. Já estou a ver-me a falar sozinho para não perder a concentração, e a fumar cigarros automatizados de meia em meia hora, longe do computador, tentando refrescar as ideias. Na calha, um tutorial online para ajudar a malta a jogar. É que isto já se está a tornar muito grande para um jogo só da Colónia.