sábado, 28 de fevereiro de 2009

The Air-Condtioned Nightmare

Muitos dos leitores regulares sabem que sou um grande apreciador de Mr Bungle, um dos projectos nos quais participa o grandioso Mike Patton. Pois bem. Hoje, quando tentava dar título a um email a enviar ao meu supervisor no trabalho, não podia ter saído melhor que o título de um dos temas de Mr Bungle: The Air-Conditioned Nightmare.

Razão? Claro, o ar-condicionado que me deixou adoentado três dias. Já não bastara haver por aí uma espécie de surto de gripe, que um dos ventiladores perto da minha secretária deu em abrir a boca com mais força do que o costume. Hoje, em regressando ao trabalho depois de três dias doente, eis que o filho-da-mãe lá continuava a mandar as suas baforadas frescas mesmo nas minhas fuças. Recomecei a tossir após pouco mais de meia-hora exposto ao ar-condicionado. Pois bem, nada melhor do que mudar-me, por minha livre iniciativa, para o lugar de "alguém". Basta. Não volto a sentar-me no mesmo sítio até que alguém arranje aquilo. Querem matar-me dos pulmões, só pode. É que se fosse a primeira vez que me tivesse queixado...


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Nocturno Taciturno

Hoje saí à noite, depois de um dia duro de trabalho e antevendo um dia de folga nesta quarta-feira. Fui, como de costume, ao Crane Lane, onde, a partir da meia-noite, tocava um artista de rythm & blues. Dos bons, como de costume. A frase da noite, pelo próprio: And here we are, at the Crane Lane, in the middle of the recession. Foi desabafada depois do primeiro tema, aplaudido timidamente pelos poucos que já ocupavam a sala. O resto de espectáculo passou por tentar esquecer a frase do senhor da guitarra. Sem assobios de reprovação, sem aplausos de maior. Que raios, Cork anda estranha. E nem os estudantes da UCC disfarçam.

Atravessei o rio Lee em direcção à margem norte sem a gente alegre do costume a inundar a ruas. A vida corre-me bem por cá. Não o nego. Mas tenho a consciência do que é uma mudança repentina na vida das pessoas. E já sei bem o que é viver o problema dos que têm dificuldade em ter emprego. Ninguém por cá está indiferente à situação. Que é séria, diga-se.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Óscares 2009



Mais uma vez, não partilho da opinião do júri quanto ao filme do ano. Slumdog Millionaire é, quanto a mim, pouco mais do que um filme de domingo à tarde - não é que seja mau, mas também não passa do bom. Sem originalidade e apenas com a componente "exótica" indiana; passaria despercebido, na minha opinião, se se passasse na América ou Europa. Além disso, um happy ending de toada alegre dirigido a um mundo acabado de levar com o safanão da crise económica (talvez, por isso, relevado para outra categoria a que não pertenceria se a época fosse outra). Já acerca do The Curious Case of Benjamin Button, gostei muito mais. Pareceu-me um filme completo que, apesar da falta de suspense como um dos seus principais contras, ultrapassou em quase tudo o concorrente directo de produção inglesa.

Em conclusão, não acho que este tenha sido um ano de excelentes filmes. Seja como for, isto são opiniões, e cada um tem as suas. Para além do mais, poderei estar a pecar um pouco por falta de informação e estar a dizer uma grande asneira, visto que, quanto aos restantes filmes mais empolados no festival, não vi nenhum deles. O próximo será o Grand Torino, um dia destes. E o Milk também é daqueles a ver o mais rapidamente possível. Devo dizer que espero mais de qualquer um destes do que do Slumdog.

(e um último edit para dizer que o prémio de fotografia nunca estaria bem atribuído a não ser a Blindness, do Meirelles, que conseguiu fazer alongar o espectáculo fotográfico que eu já conhecera em A Cidade de Deus).

José Afonso, sempre

Fez hoje 22 anos que faleceu o nosso Zeca Afonso. Uma referência na música portuguesa à qual faço homenagem no Também Tu, com dois vídeos a condizer, um com o clássico fado de Coimbra Saudades de Coimbra e outro do tema Redondo Vocábulo com uma animação 3D que considerei muito interessante.



domingo, 15 de fevereiro de 2009

Faro Luso

Tenho tido muito que dizer, mas pouca vontade de o proclamar. Assim sendo, remeto-o ao grande Júlio Pereira, uma das minhas principais influências do bandolim. Trate-se este post como uma tentativa de quebrar o interregno de mensagens. O Júlio Pereira sempre teve um problema sério na questão de gostos musicais. Neste caso, parece-me que entre os minutos 2m40 e 3m20 não há ponta por onde se lhe pegue, mas que o instrumentista é bom, isso ninguém pode negar.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Portugal vs Irlanda - O Café


O viciado em bom café não deve vir para a Irlanda. Esqueça. Não há bom café por cá. Diz-se que o processo de torrefacção é diferente, que os grãos são mais torradinhos em Portugal. E é bem capaz de ser verdade. Por muito bons sítios que haja em que se possa estar a beber um café, como o Cork Coffee Roasters, por exemplo, o próprio café deixa muito a desejar.

Uma bica por cá é um espresso. Em vez de custar 50 ou 60 cêntimos, ronda a módica quantia de 2€. Vem quase frio e é intragável, principalmente quando não se está habituado a ele. Este é o motivo pelo qual, assim que ponho os pés fora do aeroporto de Lisboa, me dirijo ao café mais próximo.


O único café interessante será o Irish Coffee. Curiosamente, gostei muito, mas a única vez que o provei foi em Portugal. Logo, não posso concluir grande coisa quanto ao irish coffee feito na Irlanda.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Asneiras Socráticas I

Como se já não bastasse que a situação do país me fizesse abandoná-lo, ainda me vêm propor que não se possa votar fora dele. Isto a ficar está bonito. Está, está.

Seja como for, vale-nos, para já, o veto do Presidente da República.