quinta-feira, 10 de julho de 2008

O Milagre do Tempo

Acabei de ir às compras, aproveitando o dia de folga. O que se passou enquanto eu estava dentro do hipermercado, não sei. Mas sei que quando saí de casa o dia estava solarengo, convidativo para uma passeata nas ruelas do centro de Cork. Terei demorado menos de meia hora a fazer as compras necessárias.

Quando, de saco cheio (não confundir com o brasileirismo), me preparava para sair do Paul Street Shopping Center, chovia: pessoas molhadas na rua, especialmente os jovens brincalhões escorregando com as sapatilhas na calçada, quais heróis de patinagem artística; muita gente de guarda-chuva caminhando apressada para o interior dos edifícios. Os clientes do Tesco à espera que a chuva amainasse. Já tinha visto dias piores, não foi decerto isto que constituiu surpresa para mim, se bem que me deixasse um tanto ou quanto aborrecido.

A real surpresa foi a seguir, quando finalmente parou de chover e me encaminhei em direcção da Dominick Street. À beira-rio, as estradas mostravam sinais de dilúvio. Das escadas que dão para o rio Lee, escorria água em cascata. Poças e mais poças, telhados libertando água por tudo quanto era canto e recanto, poste, calha, telha.

Não vi a carga de água que terá caído, mas deve ter sido enorme. Desde que escrevo este texto (10 minutos, talvez?) já choveu e fez sol alternadamente duas vezes. Realmente, o São Pedro aqui não deve ser o santo mais popular.


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