quarta-feira, 2 de abril de 2008

Despedidas III


Despedi-me finalmente do Alcateia Teatro. Agradeço a todos este ano e pouco que estivemos juntos. Espero encontrá-los de novo. Que muitos pastéis de nata povoem a salinha até cairem nos estômagos esfomeados dos actores, que não se partam mais garrafas, copos e cadeiras de rodas. Que a Alice faça a bela da festa quando chega ao nosso sítio (ainda posso chamá-lo nosso? posso?).

Que continuem a aprender como sempre o fizeram até hoje. Que não se desorientem, que me deixem pelo menos ver uma peçazinha, algo, para poder sentir-me bem com a Alcateia mais uma vez. Muitos lobos sejam apanhados, muitos lobos se safem. Não contem mais estórias de terror: assustam as pessoas! Mas se as contarem, ao menos lancem uns dados primeiro, evitando a cera das velas.

Eu sei que estive um pouco cabisbaixo durante o jantar. Foi um estranho torpor de quem se verá longe de algo que adora. Mas quero que saibam (dou comigo, aos poucos, a falar convosco, se isto é normal...) que, no fundo, no fundo, sorri sempre. Levo-vos e às fotos (ainda não li nada do que escreveram em álbum tão literário!) que me ofereceram, levo a vossa postura, a vossa voz, as vossas marcações cénicas, o vosso entusiasmo. Levo só um bocadinho, para que vocês nunca percam nada disto.

Até à vista! Muita merda!

Sem comentários: